Testes para detecção de Covid-19 se tornaram tão comuns que podem ser realizados em estacionamentos de supermercado e shopping. Muitas pessoas realizam esses testes antes de viajar ou encontrar um familiar. Porém, nenhum dos testes tem apresentado uma resposta 100% eficaz.
Até mesmo o PCR, que tem se mostrado mais eficaz, (realiza coleta de amostras na garganta e nariz, utilizando um cotonete alongado), pode apresentar, tanto um “falso negativo” quanto um “falso positivo”.
Uma pesquisa da equipe da Johns Hopkins Medicine, verificou que os testes baseados em PCR apresentam uma taxa de falso negativo de pelo menos 20%.
Os pesquisadores desse estudo analisaram a literatura acerca do tema. Nessa análise, foram incluídas as pesquisas que utilizaram um teste baseado em RT-PCR para detectar Sars-CoV-2 em amostras coletadas do trato respiratório superior e que também relataram o tempo desde o início dos sintomas ou da exposição ao vírus.
A conclusão é de que a probabilidade de um resultado falso negativo varia dependendo do tempo desde a infecção. Logo após contrair a doença, parece que o vírus não é detectável pelo método utilizado. No primeiro dia após a infecção, a probabilidade de falta de diagnóstico – ou seja, um falso negativo – é de 100%.
No quarto dia após a exposição ao vírus, a probabilidade de imprecisão no diagnóstico é reduzida para 67%. Já no oitavo dia, esse percentual diminui para 20%, começando a aumentar novamente após esse dia. Após três semanas de exposição, a chance de um resultado falso negativo pode chegar a 66%.
Diante desses resultados, a equipe médica recomenda: o momento ideal para a coleta da amostra para teste é oito dias após a exposição ao vírus. Esse período equivale a aproximadamente três dias depois do início dos sintomas, momento em que a chance de um falso negativo é a menor possível, embora não seja nula.
Saiba mais sobre os diferentes tipos de testes para detecção de Covid-19.