Encontro será nesta quarta-feira (8 de setembro), às 19h. Para assistir, acesse o canal do PROAM no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCuWHF_kJgmoUZ-0R48tmZ4A
O Brasil deve atingir 2º C de aquecimento médio por volta do ano de 2030, apontam os dados gerados pelo Ministério de Tecnologia, Ciência e Inovações (MCTI).
Diante deste fato e da emergência climática sinalizada no último relatório (AR6) do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no mês de agosto, o Brasil se aproxima de um patamar de riscos segundo apontavam as tratativas ocorridas no Acordo de Paris, já que a partir de 1,5º C há fortes possibilidades de um cenário de imprevisibilidade climática e eventos extremos.
Diante deste quadro e com o objetivo de apontar politicas públicas para a mitigação e adaptação, especialmente do risco de para elementos essenciais à sociedade humana, como a água, representantes do mundo científico, jurídico, da área de planejamento e gestão, em conjunto com ONGs, movimentos sociais organizados e sindicatos, estão promovendo no Vale do Paraíba 3 encontros preparatórios para a COP26, enfocando soluções para os principais desafios trazidos pelo agravamento da emergência climática.
O segundo encontro acontece nessa quarta (08/09), às 19 horas, no canal do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – PROAM no Youtube.
Segundo Carlos Bocuhy, do PROAM, “a situação é grave e deve-se pensar em soluções a partir de mapeamentos precisos das situações de vulnerabilidade ambiental e social”.
Para Jairo Salvador, Defensor Público em São José dos Campos, “as vulnerabilidades não são homogêneas e as mudanças climáticas afeta de maneira desproporcional os menos favorecidos”.
Para dimensionar os possíveis cenários e soluções, no dia 8 de setembro, 20 representantes de movimentos sociais estarão expondo suas visões a respeito de cenários de vulnerabilidade na região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, enfocando precariedade de habitações, agricultura, abastecimento, aquecimento dos centros urbanos e ambientes de trabalho, impactos aos ecossistemas ocasionados por monoculturas e agressões ao rio Paraíba do Sul, pesca artesanal e tecnologias poluentes, como incineradores de resíduos e usinas de energia movidas a combustíveis fósseis (termelétricas).
Para Vicente Cioffi, do Fórum Permanente em Defesa da Vida, que apresentará os resultados consolidados dos trabalhos no documento “Carta do Povo do Vale do Paraíba e região à COP26”, trata-se de “um esforço necessário e oportuno de setores expressivos da sociedade no sentido de alertar à população do Vale do Paraíba e região os riscos envolvidos e reivindicar dos poderes públicos as necessárias medidas preventivas e de adaptação”.
Confira a programação:
19:00 – Apresentação e moderação – Fernanda Soares Andrade – Diretora de Base do Sindicato de Jornalistas do ESP
Apresentação do Vídeo “Se o Paraíba falasse” – com os artistas Claudio Luiz e Meire Pedroso
19:10 – Emergência Climática e desafios na percepção dos Movimentos Sociais
1 – Os impactados pelos financiamentos internacionais do BID em São José dos Campos – SP – Angela Aparecida Silva Associação de Favelas – Cosme Vitor – Associação de Favelas e militante dos movimentos populares de São José dos Campos-SP
2 – Diálogos sobre impactos da Mudança Climática e Gênero no território de Assentamentos da Reforma Agrária do MST/Vale do Paraíba – Daniela Ferreira / Daiane Ramos – Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST
3 – A luta pela Terra em defesa da agroecologia e das Florestas – Valdir Martins – liderança MST – Movimento Sem-Terra
4 – Movimento contra as monoculturas de eucaliptos em São Luís do Paraitinga e no Vale do Paraíba – Marcelo Toledo Vereador atuante junto aos movimentos populares em defesa da cultura e meio ambiente no Alto Vale do Paraíba
5 – Movimento contra a Transposição Rio Paraíba Sul – Gerson de Freitas Junior – Doutorando em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento pela UAB – Portugal – Sullivan Morais Santos, geógrafo, coordenador da ONG Eco Vital de Caçapava-SP
6 – Movimento contra a extração de areia – degradação e morte do Rio Paraíba do Sul – Vicente de Moraes Cioffi – membro da Coordenação do Fórum Permanente Em Defesa da Vida e Núcleo Regional do Plano Diretor Participativo – Dr. Luiz Fernando Bernardes, Advogado sindical – Sindicato dos Químicos.
7 – A Luta em defesa do Banhado e da sua gente – José Moraes Barbosa – Professor, Ambientalista e Poeta, membro do Movimento Desperta São José – Sr. David Morais – Morador do banhado a 54 anos.
8 – Comunidades tradicionais do Litoral Norte e impactos ambientais sobre manguezais, quilombolas e pescadores – Ana Flávia Pinto – Pescadora Caiçara da praia do Peres – Ubatuba – Neimar Lourenço Nascimento dos Santos – Presidente da Associação do Quilombo Caçandoca – Ubatuba.
9 – Movimento Somos Parque Betânia para proteção e criação do Parque Betânia em São José dos Campos – Dr.ª. Diva Pimentel – Coordenadora do Movimento Somos Parque Betânia
10 – Movimento Não aos Incineradores e Termelétricas em São José dos Campos – Gabriel Alves da Silva Junior – Conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos – Fernando Morais Santos – Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial.
11 – Canas – A Luta da população contra instalação de uma Termelétrica no município – Dra. Paládia Romeiro – professora Mestre em Direito – Maria Tereza Antero da Silva Paladini – Grupo Amigos do Meio Ambiente de Lorena-SP.
12 – Vulnerabilidades do Vale do Paraíba a partir das vivências regionais – impactos da elevação da temperatura ambiental para os trabalhadores – Marina Sassi – Diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
13 – O direito à natureza – Ivo Poleto – membro do Grupo Executivo do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental
Vídeo em Homenagem a Ricardo Ferraz.
21:30 – Encerramento