O colunista Chico Alves publicou, no portal UOL, nesta semana, um artigo demonstrando como Bolsonaro aplicou o famoso “toma lá, dá cá” na Educação, criando 3 mil cargos inúteis, que só servirão para abrigar apadrinhados do governo.
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O artigo também fez os cálculos dessa manobra: R$ 500 milhões por ano, valor próximo ao cortado da Ciência e Tecnologia, que está deixando os institutos de pesquisa à beira do colapso e, em alguns casos, provocando, até mesmo, seu fechamento.
O governo também instituiu um orçamento secreto com R$ 3 bilhões em verbas para deputados, sem ferramentas para fiscalização dos gastos.
As ações foram realizadas após a queda da popularidade do presidente, novos pedidos de impeachment e as denúncias de crimes, obtidas através da CPI da Covid-19.
É um conjunto de “agrados” ao Centrão, para que Bolsonaro consiga se manter no governo, ao menos, até o final do seu mandato.
Alheio às ações do governo, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, faz muito discurso a favor da manutenção de verbas para sua pasta, mas suas ações são direcionadas a viagens internacionais. Para a última, da qual também participou o diretor do INPE, Clézio de Nardin, foi montada uma comitiva com 69 pessoas, a um custo estimado em R$ 3,6 milhões, pagos pelo contribuinte.
Integrante da comitiva, o filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, levou também sua esposa e filha para a viagem. O deputado nega que os custos da viagem de sua esposa e filha foram pagos pelo governo, porém, o Portal da Transparência ainda não divulgou os gastos da viagem (e não sabemos se o fará) e essa afirmação não pode ser confirmada.
Outro exemplo dos caprichos da família do presidente são os gastos com o cartão corporativo que, em agosto, chegou a um novo recorde: R$ 5,8 milhões com viagens e despesas domésticas da família do presidente (referente somente aos meses de janeiro a agosto de 2021). Esse foi o maior gasto já registrado desde que o cartão foi incorporado, em 2001.
Quando questionado sobre as atitudes, sem respostas, Bolsonaro se limita a ficar em silêncio ou agredir os jornalistas que o questionam.