AEB corta verba do INPE, mas gasta R$ 5 milhões na compra de mobiliário
AEB corta verba do INPE, mas gasta R$ 5 milhões na compra de mobiliário

AEB corta verba do INPE, mas gasta R$ 5 milhões na compra de mobiliário

Na mesma semana em que veio à público o corte no orçamento que Agência Espacial Brasileira (AEB) destinará ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em 2021 -com repasse zero para a área de pesquisa, desenvolvimento e capital humano do Instituto – a AEB registrou gasto de R$ 5,5 milhões para “aquisição e instalação de divisórias”.

O gasto está registrado na Seção 3 do Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (21), e tem o valor total de R$ 5.541.773,00. A execução da compra aconteceu dois dias antes, 19 de agosto.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual 2021, que deve ser votado no final de agosto e cujos dados vieram à público no dia 17 de agosto, informa que, para o próximo ano, a AEB destinará ao INPE R$ 32,7 milhões, um corte de 49% em relação ao orçamento que o Instituto de Pesquisas Espaciais recebeu da agência em 2020 (R$ 63,6 milhões).

Por decisão unilateral da AEB, a área de pesquisa, desenvolvimento e capital do INPE não receberá verba alguma em 2021. O orçamento destinado pela Agência para este segmento do Instituto de Pesquisas em 2020 foi menor que o gasto atual com o mobiliário (R$ 4,7 milhões). Para 2021, o INPE havia solicitado R$ 5,7 milhões, em uma tentativa de restaurar parte das perdas de anos recentes. Receberá zero.

Reprodução: Seção 3, DOU.
Reprodução: Seção 3, DOU.

Reprodução: Seção 3, DOU.

O Eco entrou em contato com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), órgão ao qual a AEB é vinculada, para saber onde as divisórias serão instaladas e a real necessidade do gasto com mobiliário em época de recessão e cortes de gastos, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.

Atualmente, o orçamento do INPE é composto de verbas provenientes da AEB e do MCTIC. A dotação orçamentária proveniente do MCTIC para 2021 é de R$ 46,9 milhões, um corte de 14% em relação a 2020, quando Instituto recebeu R$ 54,6 milhões da pasta.

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