60% das áreas em regeneração sofrem novo desmatamento
Em fevereiro deste ano, o desmatamento da Amazônia teve seu 11º mês consecutivo de redução, o menor índice registrado nos últimos 6 anos.
Para ter uma noção do desmatamento, a área de floresta perdida em janeiro e fevereiro na Amazônia supera os territórios de três capitais brasileiras: Vitória (97 km²), Natal (167 km²) e Aracaju (182 km²), ou 327 campos de futebol por dia.
“Esses dados mostram que ainda temos um grande desafio pela frente. Atingir a meta de desmatamento zero prometida para 2030 é extremamente necessário para combater as mudanças climáticas. Para isso, uma das prioridades do governo deve ser agilizar os processos em andamento de demarcação de terras indígenas e quilombolas e de criação de unidades de conservação, pois são esses os territórios que historicamente apresentam menor desmatamento na Amazônia”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon.
Por outro lado, um levantamento exclusivo do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial – Inpe revelou que mais de 60% das áreas desmatadas na Amazônia, que se recuperaram ao longo de 15 anos, foram novamente devastadas. O estudo abrange dados do período de 2008 a 2022.
A análise do Inpe também constatou que a proporção entre áreas destruídas e as que se regeneraram diminuiu ao longo desses anos. Em 2018, essa taxa era de 24%, reduzindo para 23,5% em 2021 e 22% em 2022.
A pesquisa, uma parceria entre o Inpe e a Embrapa, no projeto TerraClass, será lançado oficialmente em abril e servirá para nortear o governo federal no desenvolvimento de políticas públicas de preservação da Amazônia.
O governo Lula definiu uma meta de criar condições para chegar a 12 milhões de hectares recuperados no país até 2030, conforme compromisso assumido pelo Brasil no Acordo de Paris – que trata das alterações climáticas e prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa.
Informações dos sites G1, Revista Fórum e Imazon