Não foi por falta de aviso
Não foi por falta de aviso

Não foi por falta de aviso

Por Giovana Girardi

A tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul não tem precedentes. A quantidade de chuva que caiu nos últimos dias e ainda cai no estado é extrema e as consequências, idem. As mortes já chegaram a 90 e ainda há mais de uma centena de desaparecidos. Mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas. Este já é considerado o maior desastre climático do estado.

Esses números impressionantes e as imagens que mais parecem de desastres provocados por furacões ou tsunamis podem gerar uma falsa ideia de raridade, de azar. “Choveu como nunca antes, não tinha como estar preparado para isso” é a frase mais usada para justificar calamidades como esta. Mas não é acaso. Já era sabido, já era esperado. E, eu sinto muito dizer isso, vai acontecer de novo. E de novo. E não só com os gaúchos.

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Autor

  • Giovana Girardi é jornalista, com foco desde 2002 na cobertura de ciência e meio ambiente. Foi repórter do Estadão, editora co-fundadora da revista Unesp Ciência, repórter da Folha de S. Paulo, editora-assistente da revista Scientific American e editora da revista Galileu. Em 2022, lançou o podcast narrativo Tempo Quente (Rádio Novelo), que investiga as forças políticas e econômicas que ganham com a inação do Brasil em relação ao desmatamento e às mudanças climáticas. Recebeu por duas vezes o Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica (2011 e 2013) e, em 2017, o de Excelência Jornalística da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na categoria Jornalismo de Dados. Foi fellow do Knight Science Journalism, do MIT, entre 2014 e 2015, e do Logan Science Journalism, do Marine Biological Laboratory, em 2015.