Projeto de pesquisa “Alternativas de Desenvolvimento Decolonial: Uma contra-cartografia dos territórios urbanos de povos tradicionais no Pará e em Minas Gerais, Brasil”. Este projeto compara como povos tradicionais moldam, imaginam e gerenciam colaborativamente espaços urbanos, com o objetivo de gerar novos entendimentos sobre concepções inovadores para intervenções urbanas sustentáveis.
SOBRE O PROJETO
HISTÓRICO DO PROJETO
Fenômenos como a urbanização extensiva, a expansão das fronteiras extrativistas e conflitos violentos levaram a transformações urbanas significativas, sendo a desterritorialização uma característica desse impacto. Isso é evidente nos estados brasileiros do Pará e Minas Gerais, onde o deslocamento e a migração rural-urbana associadas à mineração, agronegócio, extrativismo e desenvolvimento de infraestrutura remodelaram drasticamente territórios e identidades. Tais processos afetam particularmente os povos tradicionais, termo usado aqui para se referir aos povos indígenas, caboclos (pessoas de ascendência mista), quilombolas (descendentes de escravos afro-brasileiros) e ribeirinhos (comunidades fluviais). Os povos tradicionais, no entanto, não são de forma alguma vítimas passivas, mas desafiam o deslocamento e promovem suas próprias alternativas de desenvolvimento urbano sustentável.
PROPÓSITOS E OBJETIVOS
Este projeto compara como os povos tradicionais do Pará e Minas Gerais formam, imaginam e gerenciam de forma colaborativa o espaço urbano. Ao fazê-lo, gera novos entendimentos sobre concepções inovadoras para intervenções urbanas sustentáveis. O projeto elabora três objetivos de relevância acadêmica e política:
- Examinar criticamente o potencial das práticas dos povos tradicionais para mudanças urbanas sustentáveis.
- Sintetizar tais práticas através do método de contra-cartografia (cartografia social), visibilizando e revalorizando o conhecimento indígena em torno das práticas espaciais, sociais, econômicas, políticas e culturais.
- Combinar insights do campo do Planejamento Urbano (Sheffield), Arquitetura e Urbanismo (UFPA), Geografia (UFMG), Economia (UFMG/UFPA) e Epistemologias Indígenas (FASE Amazônia) para possibilitar diálogos interdisciplinares sobre o co-desenho de intervenções urbanas sustentáveis (ou seja, em torno da habitação, infraestrutura e prestação de serviços e relações entre a natureza urbana) que tradicionalmente incorporam o conhecimento dos povos.
CONHEÇA A EQUIPE
Nossa equipe colaborativa conta com a participação de pesquisadores vinculados à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMF), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade de Sheffield (Reino Unido) – veja aqui
COMUNIDADES DOS ESTUDOS DE CASO
No Pará nós trabalhamos nas seguintes comunidades:
- Estudantes indígenas da Universidade Federal que moram no bairro informal do Guamá
- O Território Quilombola de Abacatal na zona rural do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
- Territórios de Reforma Agrária na Ilha de Mosqueiro (Mártires de Abril e Paulo Fonteles) e Comunidade ribeirinha e quilombola na Ilha do Maracujá, na divisa entre os municípios de Belém e do Acará
- Áreas protegidas no município de Santarém que estão sob pressão para se converterem em áreas para agronegócios ou urbanizadas: 1) Alter do Chão (vila e aldeia) e 2) Projeto de Assentamento Agroextrativista Eixo Forte.
Em Minas Gerais nós trabalhamos nas seguintes áreas:
- A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e suas múltiplas comunidades de povos tradicionais e quilombolas.
- O Território Xakriabá, situado no Norte de Minas Gerais
RESULTADOS
Confira o resultado do estudo no site oficial do projeto: https://www.contracartografias.com
CONTATO:
Para conhecer melhor o projeto ou sanar qualquer dúvidas, escreva para: traddevurb@yahoo.com