Cemaden lança novo sistema para aprimorar a previsão de deslizamentos de terra no Brasil
Cemaden lança novo sistema para aprimorar a previsão de deslizamentos de terra no Brasil

Cemaden lança novo sistema para aprimorar a previsão de deslizamentos de terra no Brasil

Lançamento da ferramenta aconteceu nesta segunda-feira (17), em um evento em São José dos Campos (SP), com a presença dos ministros Luciana Santos e Jader Filho.

Por g1 Vale do Paraíba e Região

17/02/2025 15h52

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Governo Federal, lançou, nesta segunda-feira (17), um novo sistema para aprimorar a previsão de risco de deslizamentos de terra no Brasil.

O lançamento da ferramenta, que recebeu o nome de GeoRisk, aconteceu em São José dos Campos, onde fica a sede do órgão federal, e contou com a participação da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do ministro das Cidades, Jader Filho.

A plataforma otimiza a leitura de registros meteorológicos e geológicos de todo o país para dar mais eficiência aos alertas para o risco de deslizamentos de terra.

“Esse sistema surgiu com a ideia de reproduzir aquilo que fazemos no dia a dia manualmente, consumindo vários dados e fazendo análises complexas. Ele começou com a ideia de fazer essa reprodução. Uma vez que a gente conseguir alcançar esse nível de qualidade, aí vamos trabalhar ainda mais para que ele possa entregar algo automático, claro, de fácil entendimento, para detectar mais eventos que causam deslizamentos de terra e também para emitir menos falsos alertas”, explicou o coordenador do projeto GeoRisk, Pedro Camarinha.

O GeoRisk pode ser considerado um sistema de suporte para tomada de decisão, já que os dados gerados por ele vão ser compilados e enviados para análise dos profissionais do Cemaden, antes dos alertas serem emitidos.

O sistema foi todo desenvolvido no próprio Cemaden e demorou cinco anos para ficar pronto. Ele vai utilizar informações como a quantidade de chuva registrada, o relevo do terreno e o histórico das ocorrências em determinada região, além de previsões de modelos meteorológicos, para aumentar a precisão dos alertas.

Essas informações constam em um banco de dados desde 2011.

“O que tem por trás são as condições limite dos municípios que a gente monitora. Essa condição limite é a quantidade de chuva necessária para os deslizamentos acontecerem. Para calcular isso, a gente precisa ter o conhecimento histórico da chuva que acontece nessa região e se ela causou ou não deslizamentos. Então essa é uma informação básica que precisa de muito tempo para ter um projeto”, diz Camarinha.

Durante o evento realizado nesta segunda-feira (17), o Cemaden informou que o GeoRisk vai produzir análises dinâmicas com 72 horas de antecedência, detectar 13% a mais de deslizamentos de terra e diminuir os falsos alertas em 3%.

Além de auxiliar as Defesas Civis, a plataforma será pública.