Pesquisadores perderam 18% da renda no mesmo período; assistentes sociais, 6%
Redação
Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
29 de Maio de 2022 às 18:09
Os militares das Forças Armadas são os trabalhadores vinculados à União que tiveram o maior aumento salarial durante os últimos dez anos. Foram 29,6% de ganho real, já descontada a inflação acumulada desde 2012.
O dado faz parte de um levantamento realizado pelo economista Daniel Duque, do Centro de Liderança Pública (CLP), e divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo. O estudo leva em conta dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, os servidores federais tiveram ganho salarial médio de 6,3% nos últimos dez anos. Isso significa que o aumento concedido aos militares é cerca de cinco vezes maior do que a média.
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Levando em conta funcionários públicos de estados e municípios, os militares das Forças Armadas estão em segundo lugar no ranking dos que receberam os maiores aumentos reais de salário. Professores do ensino médio e fundamental, geralmente contratados por prefeituras e governos, conseguiram ganho de 33,3% nos últimos dez anos.
Eles foram beneficiados por uma lei de 2008, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que criou o piso nacional da categoria.
Já pesquisadores tiveram perda salarial de 18,3% desde 2012. Foram os funcionários públicos mais prejudicados. Assistentes sociais vêm em seguida, com perda de 6%.
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Por outro lado, bombeiros, policiais estaduais e outros profissionais da segurança tiveram aumento real de 25%, segundo a pesquisa. No Judiciário, o aumento foi de 20,9%.
Os médicos e enfermeiros vinculados a serviços federais conseguiram um aumento salarial médio de 15,9% acima da inflação. Já os vinculados a prefeituras tiveram aumento de 10,1%. Os que trabalham para estados perderam 5,8% da renda.
Edição: Thales Schmidt