INPE de Cachoeira Paulista é utilizado para treinamento militar
INPE de Cachoeira Paulista é utilizado para treinamento militar

INPE de Cachoeira Paulista é utilizado para treinamento militar

Um treinamento conjunto entre o Exército Brasileiro e o Exército Norte-Americano está utilizando as dependências do INPE de Cachoeira Paulista para um acampamento nas proximidades do prédio da Administração, de 03 a 07/12/2021.

O treinamento, chamado de CORE 21 (Combined Operations and Rotations Exercises – Operações Combinadas e Exercícios de Rotação), faz parte do programa de intercâmbio e cooperação entre os exércitos.

O Jornal O Vale publicou, no último domingo, matéria explicando a operação:

Vale do Paraíba será palco de ‘guerra’ tendo Brasil e EUA como aliados

Militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Caçapava) e da 101st Airborne Division (EUA) atuarão juntos em programa de intercâmbio e cooperação

Tropas dos exércitos do Brasil e dos Estados Unidos vão combater inimigos comuns durante 240 horas, no chamado ‘Core 21’, acrônimo para a sigla Combined Operations and Rotation Exercises.

Trata-se de ação integrada por militares norte-americanos e brasileiros em programa de intercâmbio e cooperação.

Serão empregados helicópteros armados, blindados leves, computadores portáteis e recursos tecnológicos avançados. Também criarão procedimentos de ataque conjuntos para ocupar objetivos estratégicos.

O processo também prevê o emprego de ‘snipers’, atiradores de precisão que podem atingir alvos a centenas de metros de distância.

No sábado (4), a direção do exercício Core 21 realizou ensaio das ações na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). Além disso, foram executados testes nos sistemas de comando e controle.

As manobras militares simuladas no terreno com a tropa vão começar nesta próxima semana, com avaliação do desempenho.

VALE

Entre os dias 6 e 16 de dezembro, ocorrerão as ações do exercício no campo de instrução da Aman.

Na oportunidade, a Força-Tarefa Itororó, composta por militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), com sede em Caçapava, e da 101st Airborne Division (101ª Divisão de Infantaria Aeromóvel), fará uma infiltração aeromóvel dentro de território inimigo simulado, num contexto de uma operação ofensiva.

O exercício ocorrerá no eixo das cidades de Lorena, Cachoeira Paulista e Resende (RJ), área que será ocupada por 10 dias para o ensaio Core, que o órgão anfitrião do treinamento, o Comando Militar do Sudeste, considera fundamental para a “integração com um ator de destaque para a Estratégia Nacional de Defesa”.

“Os objetivos desse adestramento são promover a interoperabilidade entre os Exércitos e incrementar a capacidade operativa da tropa aeromóvel, por meio de um processo de intercâmbio e cooperação”, informou o Exército.

PREPARAÇÃO

Em preparo há pouco mais de oito meses, o ciclo de adestramento vai trazer para o território brasileiro uma companhia completa, com cerca de 240 militares americanos da 101ª Divisão de Infantaria Aeromóvel, uma das maiores do exército dos Estados Unidos.

Trata-se de unidade histórica, criada em 1918 e reorganizada em 1942 com participação em todas as guerras travadas pelos EUA nesse período.

A 101ª tem frota própria de 100 aeronaves e um efetivo de cerca de 30 mil homens e mulheres. Todos usam boinas pretas. É destinada a zonas de conflito de alta intensidade.

De acordo com o gabinete do comando, em Fort Campbell, no Kentucky, a divisão é a única dos EUA capaz de realizar mobilização rápida de grande porte, na escala de uma brigada, deslocando cerca de 8 mil combatentes e equipamentos.

A tropa brasileira participa com 750 soldados do 5º Batalhão de Infantaria Leve, de Lorena. O 5º Bil é uma força de elite, focada na alta mobilidade.

O grupo vai ter de operar de forma integrada com parceiros formados sob doutrina diferente. Para um dos oficiais da organização do ensaio, um dos objetivos é “tornar efetiva essa interoperabilidade”.

O equipamento no exercício é comum: fuzis 5.56mm, pistolas 9mm, foguetes e mísseis antiblindagem de disparo individual, granadas, explosivos diversos e, claro, uma faca de combate feita de aço negro. Para vestir, couraças de cerâmica.

Também devem ser utilizados pequenos drones, para observação do terreno, acoplados a computadores de campanha.