Desmatamento na Amazônia é responsável por 44% da emissão dos gases de efeito estufa no Brasil
Desmatamento na Amazônia é responsável por 44% da emissão dos gases de efeito estufa no Brasil

Desmatamento na Amazônia é responsável por 44% da emissão dos gases de efeito estufa no Brasil

Na 74a Reunião Anual da SBPC, o painel sobre as mudanças climáticas começou com a apresentação do professor da USP, Paulo Artaxo, explicando que a ciência das mudanças climáticas é muito sólida.

Sua apresentação foi centrada nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, sendo nosso país o 6o maior emissor do mundo (e o 4o em termos históricos).

Como mostra o relatório do IPCC, mesmo com a pandemia, a emissão dos gases de efeito estufa aumenta 4% ao ano. São os gases emitidos pelo dióxido de carbono, metano e desmatamento da Amazônia. Em todos os setores econômicos há aumento das emissões.

No Brasil, 44% das emissões ocorre devido ao desmatamento na Amazônia e 29% pela produção agropecuária.

Com essa emissão, mudamos o ciclo do carbono no planeta, o elemento essencial para a vida na terra. Com isso, aumentamos a concentração de CO2 na atmosfera, o que produz grande impacto nas mudanças climáticas.

“Somos a primeira espécie do planeta com a capacidade de alterar a composição da atmosfera terrestre”, afirma Artaxo.

Em seus últimos relatórios, o IPCC declara que “a evidência científica é inequívoca. Mudanças climáticas são uma ameaça ao bem-estar humano e à saúde do planeta.

(…)

A menos que haja reduções imediatas, rápidas e em grande escala nas emissões de gases de efeito estufa, limitar o aquecimento a 2 graus pode ser impossível.” O aumento da temperatura média, sem nenhuma ação, poderá ser entre 4 e 4,5 graus.

As alterações climáticas já são visíveis, com impactos significativos, como a alteração da intensidade das chuvas e o aumento do nível do mar.

Em consequência das ações humanas sobre o clima, temos o aumento da ocorrência de desastres naturais.

Autor

  • Fernanda Soares é jornalista profissional formada há 28 anos. Em 2012 recebeu o prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres, oferecido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por sua cobertura da desocupação do Pinheirinho. É autora do livro “A solução Brasileira - História do Desenvolvimento do Motor a álcool no Brasil”, publicado e distribuído pelo SindCT, de nove livros paradidáticos infantis, da editora Todolivro, e do livro "Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira", publicado pelo SindCT. Em julho de 2022, Fernanda ofereceu, gratuitamente, os direitos autorais do livro sobre a urna eletrônica ao TSE. Em 2023, recebeu a Medalha Cassiano Ricardo, oferecido pela Câmara Municipal de São José dos Campos.