Com a pandemia, houve um aumento significativo nos pedidos de comida por delivery, principalmente via aplicativos de celular.
Golpistas também se aproveitaram desse novo sistema.
Algumas pessoas já foram vítimas de golpes, por entregadores que se infiltram nos sistemas de aplicativos de entrega e enganam as vítimas.
Veja como o novo golpe funciona:
Após realizar um pedido via aplicativo, um suposto funcionário do aplicativo telefona para a vítima, relatando que houve um problema. Esse funcionário informa os dados do pedido, que sempre estão corretos, e informa que será cobrada uma pequena taxa para a entrega. Geralmente o valor é baixo, em torno de 5 reais.
No momento da entrega, o entregador registra um valor a ser pago muito maior.
A modelo Yasmin Brunet foi uma das vítimas desse golpe. Na última terça-feira (dia 20), ela relatou, em suas redes sociais, ter perdido R$ 7.900 ao ser enganada por um suposto entregador. A compra, paga no cartão, era de R$ 77, mas o valor debitado foi cem vezes maior.
Segundo Yasmin, ela recebeu uma ligação de uma mulher, que se apresentou como funcionária do restaurante, dizendo que o motoboy responsável pela entrega sofrera um acidente. Com isso, um novo pedido seria enviado, após o cancelamento do original.
Yasmin contou que o entregador chegou muito rapidamente, dez minutos após o telefonema. Ela estranhou ele ter estacionado do outro lado da rua e não ter tirado o capacete.
De acordo com a modelo, o motoboy mostrou a tela do celular com o valor de R$ 77 e disse que o aparelho estava conectado à maquininha do cartão. No entanto, nada era exibido no visor do equipamento.
Mesmo assim, Yasmin confiou e digitou a senha. Ela relatou ainda que o homem falou que a transação não foi aceita e foi embora.
A modelo afirmou só ter percebido o golpe após entrar em contato com a operadora do cartão. Segundo o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, apesar de esse tipo de fraude não ser novidade, muitas pessoas ainda caem na lábia dos criminosos, que costumam alterar um detalhe ou outro da armadilha para enganar as vítimas com mais facilidade. Por isso, todo cuidado é pouco.
“Eles colocam uma cola no visor da máquina para o consumidor não identificar o valor, dizem que a tela está quebrada ou alegam que o equipamento está com problema na impressora, para não dar a via do comprovante da compra ao cliente”, alerta Coelho: — Em qualquer caso, a orientação é simples: não pagar a compra e entrar imediatamente em contato com a empresa para a qual fez o pedido.
Muitos consumidores ficam sem graça de conferir valores ou têm medo de parecerem “chatos” ao exigir comprovantes ou fazer perguntas para esclarecer dúvidas.
“É aí que os criminosos ganham. A pessoa simplesmente confia. Mas o golpe existe. É preciso tomar cuidado”, diz o presidente do Procon-RJ.
Portanto, fique atento! Só pague uma compra após conferir o valor na máquina do cartão!
Com informações do Jornal Extra