No Brasil, as Forças Armadas – FAB liberaram o retorno ao trabalho presencial de todos os militares, inclusive daqueles que se recusam a tomar a vacina contra Covid-19. Apesar de fornecer todas as condições para que todo o efetivo militar fosse vacinado, a FAB não tornou obrigatória a vacinação para militares, diferentemente do que fizeram os Estados Unidos, por exemplo, que obrigaram militares e civis que lá trabalham a tomarem a vacina, colocando “o coletivo acima do individual”.
A Força Aérea Brasileira – FAB, da qual o DCTA faz parte, para o retorno ao trabalho presencial em suas unidades, CIVIS INCLUSOS, impõe como condição que os militares que se recusam a se vacinar contra a COVID-19, assinem um termo de recusa de vacinação. O documento diz que militares que se recusam a se vacinar terão que apresentar assinado um “termo de responsabilidade”, distribuído nas unidades.
A preocupação do SindCT é: como ficam os servidores e servidoras civis do DCTA que terão que trabalhar ao lado de militares não vacinados?
E os civis? Todos tomaram a vacina? As duas doses? O ambiente é coletivo e compulsório. Simplesmente se preenche uma declaração e ficam todos protegidos?
O comando do DCTA e seus institutos estão programando a volta em etapas. Até agora funciona o revezamento cuja manutenção o SindCT conseguiu por determinação judicial, mas isso não garante que um servidor ou servidora civil ou um militar que tenha recusado a vacina, fique na mesma sala, lado a lado com um colega servidor ou servidora, permitindo que ocorram contaminações, e que levem para seus lares uma possível “bomba sanitária”.
Observamos também que faltou tempo para que a volta ao trabalho presencial fosse melhor organizada pois o comunicado saiu em cima da hora e muitos servidores não foram avisados imediatamente. Outros não tiveram tempo de reorganizar adequadamente suas rotinas diárias, especialmente em relação à família.
Precisamos de muito mais do que revezamento, máscaras e álcool em gel. Precisamos sim, de vacinação completa em toda a população e, se possível, com a dose de reforço.
Precisamos também pensar na proteção e no interesse coletivo, que hoje é segurança sanitária, combate à fome, empregos e justiça social.
Se não eliminarmos ou reduzirmos significativamente as taxas de contaminação e de óbitos, para que a combalida e mal administrada economia do país se recupere um pouco, em breve e em curto tempo, a população brasileira, já sem empregos e correndo atrás de caminhão de ossos, não terá mais como sair dessa cruel situação e os números tenderão a piorar.