Corte drástico de recursos ameaça a ciência em 2021
Corte drástico de recursos ameaça a ciência em 2021

Corte drástico de recursos ameaça a ciência em 2021

“É preciso compreender que a ciência deve ser uma política de estado, estratégia de longo prazo; um ano perdido leva dez para repor”, pontua Roberto Lent, neurocientista, professor emérito da UFRJ e pesquisador do Instituto D’Or, em artigo para o blog A Hora da Ciência, do jornal O Globo

A ciência é apoiada pela população, diz o Ibope. Céu azul. Mas o orçamento para 2021 enviado pelo governo ao Congresso ignora esse fato e dá um tombo de mais de 30% no setor de ciência e tecnologia. Nuvem negra. A contradição expõe como é fácil perceber o imediato, mas difícil projetá-lo a longo prazo. Todo dia assistimos à competência dos cientistas e instituições na pesquisa sobre a Covid-19. Fica na obscuridade o esforço persistente que é necessário para construir uma ciência avançada no país.

É preciso, portanto, subir mais um degrau: compreender que a ciência deve ser uma política de estado, estratégia de longo prazo. A rodovia que deixamos de construir hoje pode ser construída no ano seguinte. Não é assim com a ciência: um ano perdido leva dez para repor, porque a ciência muda velozmente, os jovens buscam outros caminhos, os projetos se dispersam, e o mundo segue adiante deixando o Brasil para trás.

Veja o texto na íntegra:

ABAIXO, MATÉRIA ORIGINAL

Autor

  • Doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) (UFRJ), pós-doutor no (MIT), da Academia Brasileira de Ciências, chefe do Laboratório de Neuroplasticidade (UFRJ), pesquisa na área de Neuroembriologia (plasticidade do córtex e comissuras cerebrais).