Queimadas no Pantanal aumentam 96% entre agosto e setembro
Queimadas no Pantanal aumentam 96% entre agosto e setembro

Queimadas no Pantanal aumentam 96% entre agosto e setembro

Bioma registrou 2.954 focos no último mês, o segundo maior número da década. Caatinga e Cerrado também ardem em chamas, segundo dados do INPE

Por CRISTIANE PRIZIBISCZKI

As queimadas no Pantanal saltaram de 1.505 focos em agosto para 2.954 focos em setembro, segundo dados divulgados na noite da última quinta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número representa um aumento de 96%, quando comparados os últimos dois meses.

A quantidade de queimadas registradas no Pantanal em setembro é 33% maior do que a média para o mês, e o segundo maior número em uma década, perdendo somente para setembro de 2020, quando foram registrados 8.106 focos, naquela que foi a maior tragédia ambiental para o bioma.

No acumulado do ano, o Pantanal contabiliza 5.338 focos.

Outros biomas com queimadas em alta

O início da estação seca para os estados do Nordeste – que vai de setembro a novembro – já impactou no número de queimadas na região. Segundo o INPE, a Caatinga registrou 5.392 focos em setembro, valor três vezes maior do que agosto, quando foram contabilizados 1.793 focos.

No acumulado do ano, a Caatinga soma 9.295 focos, número 99% maior do que o mesmo período de 2020 (janeiro a setembro).

O Cerrado também ardeu em chamas em setembro: no mês, foram contabilizados 19.939 focos, contra 15.043 em agosto, um aumento de 32%. No acumulado do ano, o bioma registrou 51.505 focos, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Incêndios com tendência de baixa

A Mata Atlântica apresentou uma pequena redução no número de focos nos últimos dois meses, passando de 5.087 em agosto para 4.756 em setembro. No entanto, este valor é 10% maior do que a média para o mês e o segundo maior dos últimos 10 anos, perdendo somente para setembro de 2017, quando foram contabilizados 4.939.

No acumulado do ano, o bioma soma 16.415 focos, número maior do que as queimadas registradas nos 12 meses dos anos de 2012, 2013, 2014, 2015, 2017, 2018, quando considerados individualmente.

A Amazônia registrou em setembro 16.742 focos, uma redução de 48% em relação ao mesmo mês de 2020, quando foram registradas 32.017 queimadas.

O Pampa teve 46 focos de queimadas registrados em setembro, contra 223 do mês anterior. Agosto, de fato, é o mês historicamente com maior número de queimadas no bioma.

De janeiro a setembro, o Pampa soma 1.037 focos, contra 1.535 do mesmo período em 2020, ano em que o bioma, assim como o Pantanal, registrou incêndios descontrolados durante vários meses.

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