Servidores do INPE, DCTA e Cemaden reivindicam 19,99% de reposição
Servidores do INPE, DCTA e Cemaden reivindicam 19,99% de reposição

Servidores do INPE, DCTA e Cemaden reivindicam 19,99% de reposição

Os servidores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) realizaram ato em frente ao INPE, no dia 16 de março. Eles reivindicam reposição salarial imediata de 19,99% por perdas inflacionárias acumuladas nos últimos três anos, embora seja bem maior, cerca de 30%, considerando os últimos cinco anos em que não houve qualquer atualização dos salários. Atos semelhantes a este aconteceram em todo país, em referência ao Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Greve dos Serviços Públicos Federais.

“É preciso que todos os servidores apoiem as mobilizações, para que seja feita essa correção nos salários”, explica Fernando Moraes, Presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT).

“Conversando com colegas, informalmente, posso afirmar que nunca eu vi tanta preocupação com relação às condições salariais, visto que os preços dos produtos e serviços estão subindo todo dia e os salários estão sem aumento e sequer correção há vários anos”, ressalta Gino Genaro, tecnologista do INPE.

De acordo com matéria publicada pela Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), “o governo terá sete dias para atender às reivindicações dos servidores. Caso não haja negociação e fechamento de um acordo até o dia 23 de março, deverá ter início uma greve geral por tempo indeterminado”. Ainda de acordo com o órgão, os servidores teriam até o dia 4 de abril para conquistar a reposição inflacionária. A confederação pontua que, caso não seja feita uma correção neste momento, ela só poderá ser realizada em 2024, devido a legislação aprovada no ano passado, que proíbe a reavaliação de salários em anos de transição de mandatos de governadores e presidentes.

Laís Mallaco, esclarece que as reivindicações vão muito além dos salários. “Precisamos lutar pelos institutos que estão definhando. Então, isso mexe também com os bolsistas que pensam em ter um futuro na área de Ciência e Tecnologia. Portanto, eles também podem e devem participar”.