Em visita a São José dos Campos nesta quarta-feira (30), o astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, garantiu que o supercomputador Tupã do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) não será desligado por falta de energia elétrica.
O equipamento corre o risco de ser desligado antes do final do ano por falta de dinheiro, por parte do Inpe, para custear o gasto em energia elétrica do supercomputador, em torno de R$ 5 milhões por ano. O Inpe tem em 2021 o menor orçamento da sua história.
“O supercomputador Tupã não será desligado por falta de energia. Já compramos outro supercomputador, menor do que ele, mas o Tupã ainda terá que durar algum tempo”, disse Pontes no Parque Tecnológico de São José dos Campos, onde esteve para a premiação da 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e a abertura da 14ª Mostra Brasileira de Foguetes.
Segundo o ministro, haverá a necessidade de o Inpe contar com outro supercomputador maior do que o equipamento comprado para substituir o Tupã.
“O Inpe vai precisar de outro supercomputador mais potente do que o Tupã e estamos trabalhando para conseguir isso. A ideia é conectá-lo a redes de supercomputadores no Brasil e na Europa”, afirmou Pontes.
Sobre o corte no orçamento do Inpe, que era de R$ 76 milhões para esse ano e acabou ficando em torno de R$ 50 milhões, Pontes disse que o problema da perda de recursos ocorre em todas as unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, mas que está trabalhando para solucionar o problema.
Mesmo assim, Pontes admitiu a possibilidade de faltar dinheiro para gastos com o custeio das unidades de pesquisa como o Inpe.
“Com o orçamento que temos hoje, que é baixo, garantimos o dinheiro para custeio das unidades. Mas se tiver mais cortes no Ministério, aí a situação ficará muito difícil”, afirmou o ministro.
RADAR.
Nesta quinta-feira (1), Pontes irá ao Cemaden, no Parque Tecnológico de São José, para a solenidade de 10 anos da instituição. O ministro vai inaugurar o primeiro radar dedicado ao monitoramento de toda a região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte.
Já instalado, o radar RMT 200 foi produzido com tecnologia nacional pela empresa IACIT, de São José dos Campos. O equipamento irá mapear e monitorar possíveis desastres em toda a RMVale, em municípios do sudoeste de Minas e do sul fluminense e nas regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
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